- Lógico que tudo que se refere à arte me é interessante, e eu fico bobo sempre que leio um autor, poeta, que escreve especialmente de mim (e é isso mesmo, egoísmo ta na moda), e falo por todos que lêem alguém que gosta, e da mesma forma quando vêem algum artista que admira. E é daí que fico pensando como eles conseguem, e fico aqui frustradamente tentando ser parecido. Tentando e tentando...

E especialmente hoje, conheci a Ana Cristina Cesar, uma das principais poetas da geração mimeógrafo ou da chamada literatura udigrudi ou marginal dos anos 1970.

Que simplesmente tem um trabalho muito lindo e complexos que já li, e em suas obras, mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.


Gostei muito desse aqui...


Psicografia

Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração: não soube
e digo da palavra: não digo (não posso ainda acreditar na vida)

e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto

...

E lembrei também de um mestre para mim, um cara lindo, que escreve lindo, e traz pra mim, a beleza simples da vida, em todos os momentos (clichê, mas verdadeiro), com um alforje imenso cheio de experiências e beleza. E toda vez que leio o Caio, renovo essa crença de não ver sempre o copo meio cheio.


“Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.”


Ele deseja, e eu também, a nós todos!

...com ContaTo